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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O MAL DA RELIGIÃO


De vez em quando é legal enfiar o dedo em feridas sociais que dizem nao ser passíveis de discussão. Dessa vez, faço o seguinte questionamento acerca da Religião, será que faz bem ou mal, no que diz respeito aos aspectos gerais, para o bem comum, e na individualidade de cada um? Eis a pergunta que nao quer calar. 

As religiões têm seus prós e contras, eu sei. Mas há um "mal irremediável", uma marca forte na consciência do devoto: o achar de que toda as outras opiniões não são válidas, e nem para-se pra pensar nelas; não podem estar corretas! 

Seguindo a linha de raciocício do Cristianismo, o católico acredita no mesmo Deus que o evangélico, mas pra um falta livro, pra outro sobra... nunca há um pensamento de que há uma possibilidade da idéia do outro ser a certa, não a sua; ou que ambas (ou todas) estejam certas.
Não há tolerância sobre a outra idéia, há no máximo hipocrisia social disfarçada de respeito . 

Um exemplo: Se um religioso A não pensa que a o religioso B pode estar certo, ele vê apenas a religião A, ele está convicto disso, e nada - em maioria das vezes - vai fazê-lo pensar diferente. 

No Brasil, a força religiosa (cristã, em geral, tomando for referencial que as religioes africanas sao discriminadas em nosso "santo" país) molda o legislativo, atua como maquiagem do executivo e se mete até no judiciário, caindo na gritante contradição constitucional que afirma que somos um país laico. Parece piada.

E a idéia de que Deus não existe? A religião - e a sociedade... família, Igreja etc - injeta na cabeça do indivíduo que é inevitável a existência de um ser superior, como principal argumento a origem de tudo, a perfeição da máquina humana, o homem como imagem e semelhança de Deus. O Ser existe, pra todos. 

Numa conversa com minha avó pude constar que pra ela não existe sequer alguém que não acredita na existência divina, mesmo que o sujeito jure de pés juntos que não crê que o Grande exista. 

A religião aliena a pessoa, e molda o caráter (valores, idéias; cria o conceito da opinião), usa da coerção pra convencer as pessoas, e de carisma... mas o pior vem ao usar o calcanhar de Aquiles de quase todas as pessoas: o medo da morte. Brincar com isso é fácil, mexer no profundo das pessoas, que habituadas com o Inferno do cotidiano, querem ao menos garantir o Paraíso depois daqui, apostam todas as fichas nEle. 

Tomando particularidade, o Catolicismo. Como autoridades religiosas podem interferir no estudo de células-tronco, e fazer crítica ao uso da camisinha com tanta AIDS no mundo inteiro? Enquanto o papa leva horas lendo um pedaço de papel, coberto de trajes bordados a ouro fora do Vaticano, as coisas acontecem e não são tão bonitas quanto na missa da TV. 

Como a religião pode ser positiva se deixa de lado a ciência e usa apenas a tradição? A saúde e o desenvolvimento estão sendo trocados pela moral. Contudo, o mal da religião ainda é descartar as outras possibilidades. 
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Abração do Thy e bom feriadão!!!!!