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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Qual a saida? (Conto)

E fechando lentamente a noite, resolveu sair de casa. Observava na penumbra a poeira que recaía sobre os móveis antigos, que recebera de herança do pai. A palidez facial contrastava com a luz de um abajur tão antiquado quanto a mobília desgastada pelo tempo.

-"Meu bem, vou atrás de cigarros e vinho".
Saiu sem pestanejar, evitando até as chances de uma resposta amigável, e se dirigiu sedento ao prazer que só os vícios proporcionam. Os lábios ressequidos prenderam o ultimo cigarro que tivera no maço, amarrotado pela pressão do bolso apertado.
– Engordei?! Indagou-se com um olhar cabisbaixo sobre a propria silhueta, insatisfeito com sua estética.
Em meio a paisagens rotineiras,meninos brincando na rua, usuarios de crack com seus olhares desconfiados, e pensando em tarefas domésticas incompletas, questionava o tedio de uma vida de aparencias e uma solidao sem motivos aparentes que o corroia tal qual um cancer.
-“Não demore!” Eis a frase que o deixou confuso.... demorar? O que seria isso? Um simples conformismo do casamento gasto?
Pela avenida, trôpego,  dirigiu-se até o local que atendia a suas pretensões.., “cigarros? Bebida? Anestesia da realidade? ".
No caminho, vozes com um tom de deboche. "Infelizes, burros, idiotas".... é o pensamento clássico no ambito de não se sentir pelo chão... “ Mas como não se sentir assim, dependente de substancias anti-lucidez para sobreviver, um fraco.....
Me chamo Augusto – não façam analogia ao classissismo historico, e o mesmo nome de meu pai – e ele , Carlos, não sei se trata-se de uma alegria ou desgraça, mas a vida real me uniu a ele.
Domingo... que tédio é esse dia, não tenho histórico de quem o goste.  Foi em um domingo que aconteceu. Triste, chorando à noticia de ser soropositivo, ele surgiu. Preconceitos? Aparentemente não existiam, com a verdade nua e crua: HIV! Face escorrendo disfarçadas lágrimas, um misto de compaixão e rejeição.
Serviu  um café em xícaras de porcelana, finas como casca de ovo, e as mão trêmulas pela notícia repentina o deixaram sem voz:. “ Está bom o café?”, foi a única indagação seguida de um murmurinho de resposta.
Pairou o silêncio. Observava-se os desenhos na parede, frutos da inspiração vinda do alcoolismo, desenhos estranhos. “– Algas marinhas, Augusto?"  - “Não sei que figuras representam, eu estou alcoolizado, Carlos, me deixe durmir, caralho!”
“Bêbado? Louco? As únicas herança de Carlos foram os vícios, amor e desgraça da maneira mais antitética possível.
Na vitrola , o disco de Janis Joplin soa rasgando a alma. O que faço?
Como uma novela mexicana, o desfecho trágico, condenado à morte... Mas condenado a morte? Todos morrerão! A insônia já não era arrebatada com os lexotan. “Estou vivo!” ...
A noite se passa lentamente. No bolso de minha velha calça busco uma caixa de fósforos pra acender meu cigarro - "Acabaram novamente, merda!" Uma pequena aranha escondida atras de uma pilha de jornais envolve uma presa, como a natureza dita. Os cigarros acabaram. A alegria acabou. Por entre livros gastos, escondido, pos em sua mao uma arma de fogo e ficou a observa-la por longos minutos. Resolveu sair de casa.

(Thyago Pinto de Sousa)

Professora lança livro sobre jornalismo digital

Magaly Prado mostra os desafios de produzir informação para a internet





Aeeeee galerinha da comunicação, se vocês ainda não a conhecem, Magaly Prado é radiomaker e jornalista, doutoranda em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Por esta instituição obteve título de mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital com a dissertação “Audiocast no radio – Redes colaborativas de conhecimento”. Na Faculdade Cásper Líbero, fez pós-graduação em Comunicação Jornalística e desenvolveu a pesquisa “Rádios autônomas na Internet – Um formato líquido”. Atualmente é professora de Produção de Rádio no curso de Rádio e TV na instituição.


Com este novo livro Magaly mostra que o webjornalismo iniciou com o jornalismo tradicional e hoje é uma das principais mídias do mundo. Há algum tempo as redes sociais também vêm sendo utilizadas nas estratégias de comunicação das empresas. Esse mercado já não é mais uma tendência e sim uma realidade, no Brasil e no mundo. De acordo com estudo realizado em 2010 pela Agência Click, cerca de 80% dos brasileiros estão nas redes sociais – estas novas mídias agregam em torno de 55 milhões de usuários.


Segundo Magaly Prado: “Faz-se necessário debater a interatividade, jamais ocorrida de forma tão intensa, e a entrada do jornalismo aberto gerado pelo usuário como estratégia de acompanhamento de vanguardas. Esse conteúdo criado por não-jornalistas aumenta o grau de checagem, fazendo paralelos com as novas funções e manifestações que surgem com as diferentes etapas da web (2.0, 3.0). Como exemplos, temos a personalização, quando os sites monitoram o rastro do usuário; os filtros baseados em tags; o ranqueamento mostrando preferências e, principalmente, a forte tendência do jornalismo hiperlocal, com o próprio cidadão relatando o que acontece a seu redor”


Acho que só pelo release apresentado pela sua assessoria de imprensa (GEN) grupo Editorial Nacional) já podemos ter uma idéia do que vem por ai, é claro que eu ainda não li o livro, pois ainda será lançado, mas só por esta pequena “degustação” não podemos deixar ler, já que trás assuntos ligados a internet, Cyber jornalismo, ética na rede, blogs, web 2.0, jornalismo nas redes sociais, jornalismo móvel entre outros.


´Teh a proxima!

Momento Besteirol- A Bela Entorpecida....

Versão redublada do classico da Disney!


Muita falta do que fazer, mas confiram! hehe

Podres Poderes....

Me amarro nessa musica. Gosto da crîtica social, mas longe de querer da uma de vitima do mundo... apenas a realidade, peladona e sem cozimento. "Ouvam" Aêeee





Podres Poderes
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso

Link para baixar ou ouvir a musica - http://www.4shared.com/audio/4tXJsOab/Podres_Poderes_-_Caetano_Velos.htm



Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes somos uns boçais...

Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos como são lindos os burgueses
E os japoneses, mas tudo é muito mais...

Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será, que será? Que será, que será?
Será que esta minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir por mais zil anos...

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval...

Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe num êxtase
Ser indecente mas tudo é muito mau...

Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades caatingas e nos gerais
Será que apenas os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons ,seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas e nada mais...

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais...

Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam vela alegria do mundo
Indo e mais fundo ,tins e bens e tais...

Será que apenas os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas e nada mais...

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo...

Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!