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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Simbologia contraditória no nosso judiciário...



Lembro claramente das aulas que tive sobre Direitos Reais a uns anos atrás nas quais era enfatizado que pra ordem jurídica as aparências contam muito - e de fato contam, de tal forma que vem, em diversas situações, coberta de hipocrisia contraditória ao que chamamos de "estado democrático de direito".

Hoje ouvi um comentário de minha amiga Kelda Carvalho, demonstrando essa antítese nos quadros e esculturas da deusa Themis: minha nobre colega elucidou uma situação (creio que Brasil afora nao seja raro) em que um certo juiz por aí impediu um senhor, lavrador, de participar de uma audiência ao qual ele era parte interessada por que ele estava de chinelos, e não de sapatos. 

O paradoxo fica entre a atitude do magistrado e os quadro ou estátua que eles, os operadores do direito, idolatram e tem em suas mesas e paredes: a deusa do direito, Themis, DESCALÇA OU DE CHINELOS. A venda nos olhos remete que a justiça não enxerga diferenças, entretanto, creio que a hipocrisia no meio jurídico é quem tira a visão para o que é de fato justo ou não.

Fazer o que, não é? A Themis do Século XXI deveria vir de salto alto, maquiada com Lancome, vestindo Prada, com um celular em uma mão e o cartão de crédito na outra.

Thyago Pinto de Sousa