Imagem recente - bombardeios na Síria |
Boa noite caros leitores! primeiramente, deixo claro minha posição de nao ver sentido em guerras, tento a princípio um referencial leigo,visto que sao de fato pra mim apenas mecanismos por qual as organizações estatais e paraestatais se utilizam para se sobressair em alguma circunstância utilizando civis para matarem uns aos outros, e no fim sobra destruição.
Apesar de ja ter buscado em algumas das obras da literatura milenar à contemporânea as razões que a compõe, nao me convenço simplesmente de que ela justifique a máxima manifestação do embate entre culturas, ideologias, civilizações ou interesses regionais ou como ultima instância para que os povos possam dirimir seus entraves políticos.
Seguindo a linha de raciocínio exposta no titulo da postagens, eis alguma ideias:
A principio, o Líbano não conseguiria entrar em guerra por sua divisão interna, já clássica, entre cristãos maronitas e muçulmanos. Numa hipótese de guerra assim apresentada, o país se dividiria em pedaços, em guerra civil e não conseguiria apoiar um ou outro lado. Atualmente o país está mais aproximado dos EUA do que da Síria.
Por sua vez, a Síria, apesar de ser uma ditadura de esquerda, está tentando evitar conflitos e se fortalecer. Em episódios anteriores nunca conseguiu, mesmo apoiada por outros países árabes, ganhar de Israel (sozinho). Não se arriscaria a entrar em um conflito com os EUA, Israel e os países da OTAN.
Tratando-se da questão do Irã , a questão se torna um tanto mais complicada. Dirigidos por fundamentalistas islâmicos, tem na fé sua principal arma. A derrota do Iraque para o Irã na década de 80 foi uma mostra disso.
Um conflito envolvendo o Irã traria problemas de abastecimento de petróleo para o mundo, inclusive para os EUA. Cresce de importância estratégica, neste caso, outras fontes de petróleo no mundo, inclusive o pré-sal brasileiro, aliado ao desastre ecológico no Golfo do México.
A guerra iria se expandir, não que haja países em condições de apoiar o Irã, mas por causa da religião, já que seria lançada uma luta santa contra os EUA e aliados, gerando nova onda de atentados. Se o Irã desenvolver armas nucleares (que está perto de conseguir), a situação se complicará mais ainda, já que sendo fundamentalistas (morrer por Alá), o uso de armas nucleares (e a conseqüente resposta americana) seria um meio normal de ganhar um conflito.
Não seria um massacre somente nos três países mas em todo mundo, pois haveria uma generalização dos ataques terroristas. O problema não é somente capital, não é somente econômico, mas também religioso. Quanto a Israel, o programa nuclear produziu armas militares dentro do pensamento bélico de um país que está em guerra (se defendendo) desde 1948, sua criação.
Infelizmente o Brasil se envolveu em uma discussão que não nos dizia respeito, diretamente. Poderíamos ter ficado de fora.
A ONU e vários países (individualmente) estão tentando negociar com o Irã a anos e o Lula, em um domingo, acha que conseguiu a tábua da salvação, um acordo que irá resolver o problema iraniano. Ingenuidade não é. Creio que seja, por incrível que pareça, era o ano eleitoral para essa organização e a vontade férrea de ser o próximo Secretário Geral das Nações Unidas o dominava.
Lamenta-se o tipo de negociação feita e suas conseqüências não se assemelham a negociações sindicais por melhoria de salário. Promessas feitas e não cumpridas não levarão a uma greve mas sim a uma guerra. E o Brasil assumiu a responsabilidade dando o aval, a proteção, a um ganha tempo do Irã. O tempo e a história irão cobrar isto de nós todos, brasileiros.
Eu sou brasileiro, mas se algum momento viesse a ser declarado estado de sitio, constitucionalmente falando (guerra!!!), nao seria matando e morrendo por ideais de meia dúzia que eu iria manifestar meu "amor a pátria".